Pena que a APEL não use a blogosfera para fazer passar as suas mensagens. Como não o faz, fica aqui, infelizmente com o atraso de alguns dias, o
comunicado de imprensa da instituição acerca do Acordo ortográfico, com o sugestivo título "APEL alerta que o Acordo Ortográfico não está em vigor".
«Perante os mais recentes desenvolvimentos relacionados com o Acordo Ortográfico, em particular a decisão do Governo português e as declarações do Senhor Presidente da República durante a sua visita ao Brasil, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros – APEL entende ser necessário sublinhar que o Acordo Ortográfico não está em vigor no nosso país.
Este esclarecimento torna-se tão ou mais premente quanto se começava a instalar a ideia – errada – que o Acordo Ortográfico é uma inevitabilidade. Não o é e, como já foi tornado público, a APEL espera que nunca o venha a ser a bem da Língua Portuguesa.
Para além da Conferência do Dr. Vasco Graça Moura organizada pela APEL e a UEP, importa lembrar que está agendado para o próximo dia 7 de Abril um importante debate na Assembleia da República sobre este assunto, que se deseja decorra de forma viva, participada e livre de quaisquer condicionalismos.
Entretanto, a APEL deixa bem claro que todas as edições, da responsabilidade dos seus membros, actualmente disponíveis no mercado não irão sofrer quaisquer alterações.
Livros de ficção e de não-ficção, livros escolares, livros auxiliares de ensino, livros técnicos e científicos, dicionários, gramáticas, prontuários e restantes edições respeitam integral e escrupulosamente as actuais regras da Língua Portuguesa, pelo que continuam a ser instrumentos válidos de leitura e aprendizagem.
A APEL manter-se-á atenta a tudo quanto diga respeito ao processo do Acordo Ortográfico e, sobretudo, procurará sensibilizar os decisores políticos e demais sectores da sociedade para o grave erro que constituirá a entrada em vigor daquele documento.
Lisboa, 26/03/2008
A DIRECÇÃO»