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Blogtailors - o blogue da edição

Hoje, no Correntes D'Escritas

27.02.10
10H30
8.ª MESA: «Duvido, Portanto Penso»

João Paulo Sousa, Lourenço Pereira Coutinho, Paulo Moreiras, Sérgio Luís de Carvalho, Vítor Burity da Silva; moderação de José Mário Silva
AUDITÓRIO MUNICIPAL

16H00
9.ª MESA: «Cada Palavra é um Pedaço do Universo»

Luandino Vieira, Mário Zambujal, Milton Fornaro, Onésimo Teotónio de Almeida, Ricardo Menéndez Salmón, Rui Zink; moderação de Maria Flor Pedroso
AUDITÓRIO MUNICIPAL

18H30
Cerimónia de Encerramento

Entrega dos Prémios Literários Casino da Póvoa, Correntes D’ Escritas Papelaria Locus e Conto Infantil Ilustrado Correntes D’ Escritas Porto Editora
AUDITÓRIO MUNICIPAL

INICIATIVAS PARALELAS
Feira do Livro

CASA DA JUVENTUDE

Correntes D'Escritas - 5.ª mesa: «As palavras cercam-nos como um muro»

26.02.10
Héctor Abad Faciolince começou a sua intervenção desculpando as palavras e, um pouco como Pedro Pinto diria mais tarde, afirmando que a culpa passa pelas pessoas, que criam os muros com as próprias palavras. Faciolince acha que as palavras escapam do cérebro também através da escrita, e isso faz com que o colombiano se sinta mais à vontade quando escreve. Inês Botelho revelou que, quando a vontade de escrever é grande, «as palavras são tantas que tendem a sair numa enxurrada violenta», acrescentando ainda que são «preciosas e imensas». Falando do tema através da sua relação com a palavra, Imma Monsó atribuiu à literatura a possibilidade de «entrar num mundo mágico de empatia com o outro, de entrar na mente de outra pessoa, viver a sua vida», considerando que as palavras são «muros que nos cercam, mas que também derrubam e que nos transformam, nos alegram e nos entristecem». Como para muitos autores, também para José Carlos Barros a ligação à escrita, às palavras e à leitura começou muito cedo, logo na infância. «A maneira como vejo a Literatura e como escrevo tem a ver com, por um lado, com esta ideia de mundo mágico, em que a Literatura permite a reconstrução de memórias e de criação de universos únicos, e, por outro lado com a importância da palavra», concluiu.

Assim decorreu a 5.ª mesa das Correntes, moderada pelo sempre bem-humorado Onésimo Teotónio de Almeida. Ler mais aqui.

Sessões nas Escolas - Inês Pedrosa, Leonor Xavier, Manuel Rui e Pablo Ramos visitam a Escola Secundária Rocha Peixoto

26.02.10
«A voz das palavras» foi o tema para esta visita dos quatro autores à Escola Secundária Rocha Peixoto, que, para além do debate, contou ainda com uma actuação do coro da escola.

Perante cerca de 150 alunos, Leonor Xavier decidiu criar desde logo uma ligação com o público: «Gosto muito de vocês.» Para aquela autora, nem a passagem do tempo a faz deixar sentir o impacto das palavras, revelando que mesmo palavras comuns podem ressurgir com impacto. A palavra «pessoa», por exemplo, é uma das suas últimas «fixações». Para Leonor Xavier, «as palavras são como plasticina porque podemos moldá-las». Inês Pedrosa explicou a sua relação com os livros e a escrita, dizendo que desde cedo que sabia que escrever era o que queria fazer. Sempre que acaba um livro, já tem outro em mente, facto que complicar a sua distinção entre realidade e ficção. O mesmo tipo de ligação à escrita foi o apresentado Pablo Ramos. «Escrever é a coisa mais profunda que se faz na vida. Quando não escrevo não sou nada.» O autor adiantou ainda que «a minha literatura é profundamente social», retratando uma «realidade que me toca profundamente e se apresenta na minha ficção de modo estruturado». Para fechar a discussão, Manuel Rui voltou ao poder das palavras, referindo que «as palavras só o são quando convivem umas com as outras». Ler mais aqui.

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