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«Nada voltará a ser como antes na Feira do Livro de Frankfurt. No próximo ano, o espaço da feira vai diminuir, os corredores vão ficar mais pequenos e vão diminuir também as áreas de restauração e de wifi. O famoso Pavilhão 8, o dos países de língua inglesa, vai ser fechado e os seus editores serão integrados nos outros pavilhões. Isso vai obrigar a mudanças. Este foi também o último ano para o stand de Portugal no sítio do costume.
Só não vê quem não quiser ver. Por mais que a organização tente artifícios para aumentar o número de visitantes – com as visitas das escolas ou tornando a sexta-feira no “dia da criança” – a feira não tem a agitação de outros tempos. Há menos espaços de exposição para as editoras mas aumenta o número de pessoas que se inscreve na feira vindo de outras áreas da produção de conteúdos, como o cinema, a televisão ou a área de vídeo-jogos.
Este ano, pelo stand português ainda foram passando os editores que continuam a vir à feira, dos mais antigos, como Guilherme Valente (Gradiva), Guilhermina Gomes (Círculo de Leitores e Temas & Debates), Cecília Andrade (Dom Quixote), Zeferino Coelho (Caminho), Eduardo Boavida (Bertrand) ou Carlos Veiga Ferreira (Teodolito), aos mais recentes, como Lúcia Pinho (Quetzal) ou José Prata (Lua de Papel, Leya). O espaço da comitiva portuguesa liderada pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) parecia mais animado também pela presença, pelo segundo ano consecutivo com um espaço próprio, da agência literária portuguesa Bookoffice, que pertence ao grupo de consultores editoriais Booktailors. Mesmo ao lado do espaço ocupado pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), que agora também está integrado no stand, de manhã à noite e até ao final da tarde deste domingo, quando a feira encerrou, a equipa de cinco agentes portugueses esteve a promover as obras dos mais de 30 autores que representam, entre os quais se encontram já Mário Cláudio, Jerónimo Pizarro, Ana Teresa Pereira, Teolinda Gersão, Francisco José Viegas, Afonso Cruz, Miguel Real, Miguel Miranda, Bruno Vieira Amaral, José Afonso Furtado, José Tolentino Mendonça ou Luís Miguel Rocha. São uma agência de serviços para autores, não se limitam a vender os autores nacional e internacionalmente. “Também tratamos da agenda, da promoção, da candidatura a prémios, a espaços em residências literárias, tudo o que tenha a ver com a actividade literária do autor. Mas a Frankfurt vimos mais na vertente de vender”, explica ao PÚBLICO Paulo Ferreira, da Bookoffice.» Ler no Público.