Textos de Marquês de Sade continuam a chocar após 200 anos
«O celerado Donatien Alphonse François de Sade, nascido em Paris, em 1740, deixou uma obra excessiva e escandalosa como nunca houve outra, à medida da sua própria vida cheia de escândalos, de loucura, de excesso, de imoralidade ostensiva, em conformidade com uma racionalidade libertina e libertária que execrava a lei e a ordem da Família, do Estado, da Sociedade (ver caixa). Os textos de Sade continuam a ferir profundamente os sentimentos e os pensamentos humanos, são ainda hoje insuportáveis de ler. Até o mais exaltado ateísmo moderno empalidece e recua horrorizado quando depara com estas palavras do Diálogo Entre um Padre e um Moribundo: “Devo dizer que o horror que me provocas é simultaneamente tão justo, e tão grande, e tão forte, que me masturbaria com prazer e com tranquilidade, ó Deus vil, sobre a tua divindade, ou foder-te-ia se a tua frágil existência pudesse oferecer um cu à minha incontinência"». Ler no Público.